A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB, Coordenação Nacional de Lutas - Conlutas, Força Sindical, Nova Central e Intersindical participam, nesta sexta-feira 27, de uma manifestação contra as mais de 4 mil demissões anunciadas recentemente pela Embraer. O protesto ocorrerá às 15h, em frente à fábrica na cidade de São José dos Campos.
O objetivo da mobilização é fortalecer a luta contra as demissões na indústria aeronáutica e reverter todos os cortes considerados arbitrários e injustificáveis pelas centrais e pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. Os sindicalistas consideram que existem alternativas - "entre elas a redução da jornada de trabalho sem redução de salários" - para ajustar a produção à demanda reduzida pela crise sem recorrer à demissão.
Na manhã desta sexta-feira (27), o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos se reuniu com as centrais sindicais para definir um conjunto de medidas contra as demissões.
De acordo com matérias veiculadas na imprensa o presidente do sindicato de São José, Adilson dos Santos disse que a má-fé da empresa é evidente, porque ela está ampliando a produção de aeronaves esse ano em comparação com 2008. "A empresa só está fazendo isso (demitindo) porque quer manter a divisão de lucros aos acionistas", denuncia.
Para o SINAIT a atitude da Embraer reforça a máxima de que a maioria dos empregadores não divide lucros com empregados e sim prejuízos, ou o “contrário” quando repassam os prejuízos inteiramente aos trabalhadores, por meio de demissões. O sindicato lembra que os Auditores Fiscais do Trabalho – AFTs estão atentos para fiscalizar o cumprimento das leis trabalhistas, em especial, neste momento de crise. Qualquer trabalhador que tiver dúvidas quanto aos seus direitos e deveres deve procurar a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego - SRTE de seu estado e pedir ajuda.
Mais informações sobre as demissões da Embraer nas matérias, abaixo, da Agência Brasil:
27-02-2009 Da Agência Brasil
Demitidos da Embraer em São José dos Campos realizam protesto
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos confirmou para hoje (27) um ato em frente à fábrica da Embraer contra a demissão de aproximadamente 3,5 mil funcionários da empresa. Devem participar do protesto a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Conlutas.
As centrais sindicais vão se reunir às 11h, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. Por ser muito longe, os metalúrgicos não farão caminhada e já vão direto para o ato, às 15h, em frente à Embraer. O horário coincide com a troca de turno da empresa.
Também foi confirmado que o sindicato apresentou, no Tribunal Regional de Trabalho (TRT) de Campinas, pedido de reintegração dos 4,2 mil funcionários dispensados pela Embraer na semana passada, levando em conta não só os demitidos em São José dos Campos.
Quinta-feira 26-02-2009 Agência Brasil
Sindicatos e centrais protocolam ação no TRT de Campinas contra demissões na Embraer
Elaine Patricia Cruz
São Paulo - Os sindicatos dos Metalúrgicos de São José dos Campos e de Botucatu e as centrais sindicais Conlutas e Força Sindical protocolaram na tarde de quinta-feira (26), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas (SP) um pedido para a reintegração dos 4.270 funcionários demitidos pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) na semana passada. Segundo nota do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, trata-se de uma ação de dissídio coletivo, protocolada com um pedido de liminar.
Em nota, o sindicato informou que o desembargador federal do trabalho Luis Carlos Cândido Martins Sotero da Silva se comprometeu a dar uma decisão sobre o pedido de liminar em dois dias e também agendou uma audiência de conciliação entre a Embraer e as entidades sindicais para a próxima quinta-feira (5), às 10h.
De acordo com o advogado do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Aristeu Pinto Neto, o pedido protocolado hoje pede a nulidade das demissões, alegando primeiramente a falta de negociação da Embraer com o sindicato, antes da oficialização das dispensas.
O advogado disse também que outra alegação é que a empresa não precisaria demitir, porque não estaria enfrentando uma crise de produção. “Ela aumentou a produção em 20% de 2008 para 2009”, afirmou. “Não há sentido nenhum em se cortar o contingente de funcionários”, disse o advogado, por telefone, à Agência Brasil.O Ministério Público do Trabalho, segundo nota do sindicato, também agendou uma audiência de conciliação para a próxima segunda-feira (2), às 10h.
Procurada pela Agência Brasil, a assessoria de imprensa da Embraer informou que não vai se pronunciar sobre o pedido feito pelos sindicatos e que a posição da empresa está determinada em comunicado distribuído à imprensa na semana passada.
Na manhã desta sexta-feira (27), o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos vai se reunir com as centrais sindicais para definir um conjunto de medidas contra as demissões. Já às 15h, as centrais e o sindicato farão uma manifestação na porta da empresa.