SINAIT se mobiliza pelo reajuste dos servidores


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
18/03/2009



O Jornal Correio Braziliense, de hoje 18, traz matéria que sinaliza a intenção do governo em  priorizar o pagamento dos reajustes aos militares e de suspender ou adiar o do funcionalismo. O jornal também lançou uma enquete interativa em que pergunta aos leitores se eles acham justo que o reajuste dos militares seja mantido e o dos civis, suspenso.


 


O governo alega que os militares ficaram mais tempo na fila reivindicando melhorias nos soldos. De acordo com a matéria o ministro da Defesa, Nelson Jobim, teria dito ao presidente Lula e ao ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que o clima nos quartéis ficaria muito ruim se civis e militares recebessem o mesmo tratamento.


 


De acordo com o SINAIT o tratamento diferenciado para favorecer os militares também gera clima ruim entre o funcionalismo público. Representantes de diversas entidades como SINAIT, SINAL e outras se reuniram, ontem 17, em Brasília - de manhã na sede do SINAL e à tarde na Sede do SINAIT - para discutir estratégias de articulação junto às autoridades competentes.


 


Hoje, sindicatos que representam os servidores civis voltam à Esplanada dos Ministérios para um protesto que tem como objetivo pressionar o governo a manter o calendário de reajustes negociado com as categorias. No ato público de ontem, aproximadamente 3 mil pessoas caminharam na Esplanada para cobrar políticas salariais iguais para ativos e inativos.


 


Mais informações na matéria abaixo.


 


 


 


 


18/03/2009 - Correio Braziliense


 


Militares terão preferência sobre os civis na concessão dos reajustes salariais


 


 


Luciano Pires  


 


 


 


Ao mesmo tempo em que discute a possibilidade de ter que adiar ou suspender os reajustes salariais já autorizados ao funcionalismo, o governo estuda preservar alguns setores. Por terem ficado mais tempo na fila reivindicando melhorias nos soldos, os militares levam vantagem em relação às cerca de 60 carreiras civis contempladas no ano passado com aumentos. As mudanças salariais foram concedidas em parcelas que começaram a incidir nos contracheques dos servidores públicos em 2008 e terão impactos, de forma escalonada, até 2010. Boa parte dos funcionários do Executivo federal espera para julho uma nova parcela do reajuste, entre os quais ativos, inativos e pensionistas.


 


Internamente o assunto ainda está em aberto, mas se as receitas da União continuarem caindo, a decisão de reprogramar o calendário acertado com os sindicatos será tomada. Nos bastidores, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, trabalha pela manutenção das datas e dos percentuais garantidos aos militares. Ao presidente Lula e ao ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, Jobim teria dito que o clima nos quartéis ficaria muito ruim se civis e militares recebessem, neste caso, o mesmo tratamento.


 


Negociado diretamente entre Jobim e Bernardo, o reajuste dos militares foi concedido por meio de medida provisória, que acabou convertida em lei, em 2008, e encerrou um longo ciclo de negociações que envolveu a equipe econômica e até o presidente Lula. Ao todo, 612 mil militares se beneficiaram. No ano passado, o impacto financeiro chegou a R$ 4,19 bilhões, enquanto que em 2009 a previsão de gasto com a parcela de julho é de R$ 7,13 bilhões. No próximo ano, com os dois últimos módulos do aumento prometido, a repercussão orçamentária será de R$ 10 bilhões.


 


Ameaça


Assim como os civis, entidades ligadas aos militares não admitem repactuação de prazos e muito menos o cancelamento dos reajustes salariais. “Se houver adiamento vamos fazer um panelaço que o governo nunca viu antes”, disse Ivone Luzardo, presidente da União Nacional das Esposas de Militares das Forças Armadas.


 


Hoje, sindicatos que representam os servidores civis voltam à Esplanada dos Ministérios para um protesto que tem como objetivo pressionar o governo a manter o calendário de reajustes negociado com as categorias. No ato público de ontem, aproximadamente 3 mil pessoas caminharam na Esplanada para cobrar políticas salariais iguais para ativos e inativos.

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