8-4-2009 – SINAIT
O Salário Mínimo pago atualmente no Brasil é de R$ 465,00. O valor, segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos – Dieese, é insuficiente para cumprir o que determina a Constituição Federal: suprir as necessidades de alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência das famílias brasileiras. O valor calculado pelo Dieese deveria ser de R$ 2.005,57, tomando-se como referência o preço da cesta básica apurado em março, nas principais capitais do país.
O Salário Mínimo brasileiro, apesar da recuperação dos últimos anos, ainda é um dos menores do mundo e fica atrás inclusive do que é praticado em países da América Latina, como Argentina, Chile e Colômbia.
VIGÊNCIA
VALOR R$
NORMA LEGAL
D.O.U.
01.02.2009
465,00
MP 456/2009
30.01.2009
01.03.2008
415,00
Lei 11.709/2008
20.06.2008
01.04.2007
380,00
MP 362/2007
30.03.2007
01.04.2006
350,00
MP 288/2006
31.03.2006
01.05.2005
300,00
Lei 11.164/2005
22.04.2005
01.05.2004
260,00
MP 182/2004
30.04.2004
01.04.2003
240,00
MP 116/2003
03.04.2003
01.04.2002
200,00
MP 35/2002
28.03.2002
01.04.2001
180,00
MP 2.142/2001 (atual 2.194-5)
30.03.2001
03.04.2000
151,00
Lei 9.971/2000
24.03.2000
7-4-2009 – DIAP
Salário mínimo deveria ser de R$ 2.005,57 em março, divulga Dieese
Levantamento divulgado, nesta segunda-feira (6), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontou que o salário mínimo do trabalhador brasileiro deveria ser de R$ 2.005,57 em março, para suprir suas necessidades básicas e da família.
O cálculo foi feita com base na Pesquisa Nacional da Cesta Básica do mês passado, realizada pela instituição em 17 capitais.
A partir do maior valor apurado para a cesta, de R$ 238,73, em Porto Alegre, e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ser 4,31 vezes superior ao piso vigente, de R$ 465.
O mínimo passou a ser de R$ 465, a partir de 1º de fevereiro, um reajuste total de 12,05%, sobre os R$ 415 em vigor até janeiro, e um aumento real de 5,92%.
A elevação no piso nacional deve beneficiar cerca de 43,4 milhões de pessoas, entre empregados, trabalhadores por conta própria, empregados domésticos e empregadores, que têm seu rendimento referenciado no salário mínimo
Em fevereiro, o valor do salário mínimo necessário era maior, de R$ 2.075,55, e correspondia a 4,46 vezes o mínimo em vigor. Em março do ano passado, este valor era de R$ 1.881,32, ou seja, 4,53 vezes o salário mínimo, na época de R$ 415.
O Dieese informou também que o tempo médio de trabalho necessário para que o brasileiro que ganha salário mínimo pudesse adquirir, em março, o conjunto de bens essenciais diminuiu, na comparação com o mês anterior.
Na média das 17 cidades pesquisas pela instituição, o trabalhador que ganha salário mínimo necessitou cumprir uma jornada de 96 horas e 28 minutos para realizar a mesma compra que, em fevereiro, exigia a execução de 100 horas e 21 minutos.
A quantidade de horas do mês passado foi a menor desde julho de 2007, quando se iniciou um período de elevação no preço dos alimentos e o número era de 92 horas e 37 minutos. (Com Agência Estado)