19-1-2009 - SINAIT
Na programação do Fórum Social Mundial, que acontecerá em Belém (PA) de 27 de janeiro a 1º de fevereiro, haverá um Ato Ecumênico em memória das quatro vítimas da Chacina de Unaí: os Auditores Fiscais do Trabalho - AFTs Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva, e o motorista Ailton Pereira de Oliveira. O crime completa cinco anos no próximo dia 28, ainda sem julgamento dos nove envolvidos nos assassinatos.
O dia será de protestos. Além do Ato Ecumênico em Belém (que está sendo organizado pelo SINAIT, ASSINTRA, com participação das entidades integrantes do Fórum Nacional contra o Trabalho Escravo e pela Aprovação da PEC 438/2001), haverá um protesto em Brasília, organizado pelo Sindicato Nacional, com apoio de entidades sindicais e organizações da sociedade civil. Também
O SINAIT recomenda às entidades estaduais que representam os AFTs que organizem atos para marcar a data: protestos, atos ecumênicos, minutos de silêncio, chamada dos colegas, faixas em frente às Superintendências Regionais, balões pretos, sessões solenes, e outras manifestações.
No Fórum Social Mundial é esperada grande presença de público para o Ato Ecumênico que é, antes de tudo, um pedido de Justiça, para que o crime não fique impune. Segundo a organização do FSM, já estão inscritas mais de 82 mil pessoas e organizações e até o início dos trabalhos o número poderá chegar a 120 mil.
Veja matéria da Agência Brasil:
18-1-2009 - Agência Brasil
De volta ao Brasil, encontro deve reunir 120 mil em Belém
Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Brasil vai voltar a ser palco do maior encontro da sociedade civil e movimentos sociais do planeta. A partir do próximo dia 27, Belém, capital do Pará, vai abrigar a nona edição do Fórum Social Mundial e deve reunir 120 mil participantes, de acordo com a organização do evento. Os investimentos na cidade para a reunião devem chegar a mais de R$ 100 milhões.
Realizado
Até a última sexta-feira (16), as inscrições para a edição de Belém passavam de 82 mil, segundo um dos articuladores do Fórum e organizador da etapa 2009, Cândido Grybowski. "Acredito que vamos chegar aos 120 mil. As pessoas que moram na cidade fazem a inscrição na hora. Belém já está no clima do Fórum. É um espaço aberto, nós não quere mos muralhas como nas reuniões do G8, que nos protege do lugar onde estamos. Nós queremos integração com a cidade."
Estão previstas mais de 2,6 mil atividades, a maioria auto-gestionadas - organizadas pelos próprios participantes. As assembléias, oficinas, cerimônias, atividades culturais e os seminários serão concentrados nas Universidades Federal do Pará (UFPA) e Federal Rural da Amazônia (UFRA), mas devem tomar as ruas de Belém, como na caminhada de abertura, prevista para a tarde do primeiro dia do Fórum.
Considerado o principal contraponto ao Fórum Econômico Mundial, que acontecerá paralelamente em Davos, na Suíça, o FSM não deverá concentrar a discussão apenas sobre a crise financeira internacional. Também estarão na ordem do dia as crises ambiental e de segurança alimentar, que justificam inclusive a escolha de uma sede amazônica para o Fórum, segundo Grzybowski.
"Por causa da crise climática, decidimos realizar o Fórum no lugar que é grande patrimônio mundial. A Amazônia está no centro desse debate e não pode ser vista como um poço de gás carbônico. Queremos mostrar que é um território humanizado, cheio de alternativas. Assim como Chico Mendes mostrou o lado social da Amazônia ao mundo, vamos expressar o socioambiental, que é o grande desafio", apontou.
Definido como um evento apartidário e sem ligação com governos, o FSM não deixa de ser uma oportunidade política, e não será diferente em Belém, principalmente para as lideranças regionais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já confirmou a ida ao Fórum, e deve encontrar os colegas de continente Hugo Chávez, da Venezuela, Evo Morales, da Bolívia, Fernando Lugo, do Paraguai, e a chilena Michele Bachelet.