Com os efeitos da crise econômica que assola o mundo parece que bons ventos sopram para alguns setores da economia brasileira. O IBGE anunciou hoje (22) que a taxa de desemprego média no Brasil em 2008, 7,9%, foi menor que em 2007, 9,3%. O dado de hoje é o menor da série histórica iniciada em 2002. A renda média do trabalhador no ano cresceu 3,4% entre 2007 e 2008, ficando em R$ 1.260,24, contra R$ 1.218,79 um ano antes.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgou, também, a redução da taxa básica de juros (Selic) de 13,75% para 12,75%. Com isso, o Comitê inicia um processo de flexibilização da política monetária.
Já o ministro da Previdência Social, José Pimentel, informou na quarta-feira (21) que os efeitos da crise econômica internacional, responsável por mais de 650 mil demissões no mês de dezembro, não deve impactar a arrecadação da Previdência Social. Segundo Pimentel, a criação do Simples ajudou na formalização de mais de 3 milhões de empresas. Para 2009 as perspectivas para a arrecadação previdenciária é ainda melhor.
Para o SINAIT vale ressaltar a contribuição dos AFTs na formalização de empregos ao fiscalizarem o registro em Carteira. O vínculo de trabalho formal, com Carteira de Trabalho e Previdência Social devidamente assinada, origina diversos tributos obrigatórios, tanto por parte do empregado quanto por parte do empregador. São exemplos disso, a contribuição ao INSS, o desconto de Imposto de Renda na Fonte e o recolhimento do FGTS, entre outros.
Mais informações nas matérias abaixo veiculadas pelo Correio Braziliense, Agência Brasil e Agência DIAP
22 - 01- 2009 Correio Braziliense
Desemprego no Brasil fica em 7,9% em 2008, menor desde 2002
A taxa de desemprego média no Brasil em 2008 ficou em 7,9%, contra 9,3% em 2007, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (22/01) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado de hoje é o menor da série histórica iniciada em 2002.
Em dezembro, a taxa ficou em 6,8%, contra 7,6% em novembro. Na comparação com dezembro de 2007, houve um decréscimo de 0,6 ponto percentual - que havia ficado em 7,4%. O resultado de dezembro foi o menor para um mês também na série histórica.
A renda média do trabalhador no ano cresceu 3,4% entre 2007 e 2008, ficando em R$ 1.260,24, contra R$ 1.218,79 um ano antes.
21-01-2009 Agência Brasil
Crise não deve reduzir arrecadação da Previdência, diz Pimentel
Os efeitos da crise econômica internacional, que foi responsável por mais de 650 mil demissões no mês de dezembro, não deve impactar a arrecadação da Previdência Social, afirmou hoje (21) o ministro José Pimentel. Segundo ele, a Previdência tem vários "instrumentos" de proteção, que farão com que as perdas com a crise não atinjam a arrecadação do setor.
De acordo com Pimentel, desde a mudança da legislação, em julho de 2007, que criou o Simples Nacional, 3.119 milhões de empresas se formalizaram. Antes, o saldo era de 1,3 milhão de empresas formais. "Em 2009, estamos tendo uma média de 15 mil novas empresas formais por dia", acrescentou.
Segundo ele, o saldo total de admissões em 2008 também contribuiu para reduzir os impactos negativos da crise econômica na Previdência. "Tivemos, em 2008, 16,5 milhões de novos postos de trabalho e uma demissão da ordem aproximada de 15 milhões - devido à alta rotatividade do mercado de trabalho brasileiro e à inexistência da proteção do trabalho. Portanto, temos um saldo positivo de 1,452 milhão de empregos mantidos no ano passado", disse.
21-01-2009 Agência DIAP
Copom atende reivindicação dos trabalhadores e reduz Selic
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros (Selic) de 13,75% para 12,75% ao ano e atendeu em parte às reivindicações dos empresários, que querem investir no setor produtivo, e dos trabalhadores, que defendem mais investimentos como forma de garantir seus empregos e a criação de mais vagas de trabalho.
"Avaliando as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, neste momento, reduzir a taxa Selic para 12,75% a.a., sem viés, por cinco votos a favor e três votos pela redução da taxa Selic em 0,75 p.b.
Com isso, o Comitê inicia um processo de flexibilização da política monetária realizando de imediato parte relevante do movimento da taxa básica de juros, sem prejuízo para o cumprimento da meta para a inflação", diz a nota oficial divulgada logo após a reunião. (Fonte: Agência Brasil)