Chacina de Unaí - Presidente do STF recebe SINAIT e viúvas dos AFTs


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
29/01/2009



Diretores do SINAIT e as viúvas dos AFTs assassinados em Unaí (MG), há cinco anos, foram recebidos na tarde desta quarta-feira (28) pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes. Na audiência, o presidente em exercício do Sindicato Nacional, Carlos Alberto Teixeira Nunes fez um breve relato da situação em que se encontra o processo e pediu o apoio do ministro como autoridade máxima da justiça brasileira, para que seja marcado o julgamento dos acusados do crime. Carlos Alberto questionou que o crime foi um atentado contra o Estado Brasileiro.


Ele informou ao ministro que da fase de investigação, atuação do Ministério Público e aceitação da denúncia pelo Juiz Federal em Minas Gerais houve celeridade. Mas a partir daí já se passaram mais de quatro anos e não se tem uma solução do julgamento. O SINAIT, enquanto entidade representativa da categoria vem trabalhando para que o julgamento dos acusados ocorra o quanto antes.


Carlos Alberto disse que “os integrantes do SINAIT e familiares dos AFTS assassinados procuraram o representante da maior Corte do país para trazer a preocupação com a morosidade do caso e pedir ao presidente do STF atenção especial, a fim de que os acusados sejam enfim julgados”. Ele acrescentou que “as famílias, os Auditores Fiscais, e a sociedade esperam a punição dos culpados. “Esse crime, assim como outros de repercussão internacional - a exemplo do caso da irmã Dorothy Stang ocorrido depois da Chacina de Unaí em que os acusados já foram julgados -também precisa de solução”.


As viúvas falaram do sofrimento da família diante da impunidade dos acusados ao longo de todos esses cinco anos e pediram agilidade da Justiça para julgar o processo. Uma das viúvas disse que “é necessário que se amenize a dor da impunidade. Há muita demora e queremos saber quanto tempo mais vamos ter que esperar”. Ressaltou que não há Auditores Fiscais do Trabalho em Unaí, devido ao medo que o bárbaro crime gerou, impedindo os profissionais de atuarem na localidade.


O ministro Gilmar Mendes ouviu o relato de todos, disse que irá solicitar cópia do processo para se inteirar dos detalhes e vai acompanhar o caso. Gilmar Mendes afirmou que, se necessário, poderá interceder pela celeridade do processo.


Participaram também da audiência no STF o vice-presidente de Segurança e Medicina do Trabalho do SINAIT, Carlos Roberto Dias, o presidente da Associação dos Auditores Fiscais do Trabalho de Minas Gerais – AAFIT/MG e vice- presidente de Planejamento do SINAIT, José Augusto de Paula Freitas e o presidente do Instituto Mineiro de Relações do Trabalho de Minas Gerais, Carlos Calazans, que, à época do crime, era delegado  Regional do Trabalho de Minas Gerais, hoje SRTE/MG.

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