Ainda que os dados divulgados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) apresentem uma redução significativa no trabalho infantil no Brasil, a tolerância cultural da sociedade brasileira com relação ao trabalho precoce ainda preocupa muito as autoridades que lutam pela sua erradicação.
A sugestão comumente difundida de que o trabalho de crianças e adolescentes é uma solução aceitável para a superação da pobreza das famílias contribui, segundo os especialistas, para a resistência da sociedade a compreender que, de uma forma geral, o trabalho precoce é nocivo para o futuro das crianças e, conseqüentemente, do país.
Fiscalizar e afastar crianças e adolescentes do trabalho não é uma atribuição só da Auditoria Fiscal do Trabalho, embora a Fiscalização tenha um papel importante. Ao mesmo tempo, o governo, nas esferas federal, estadual e municipal, deve ter políticas públicas capazes de manter as crianças na escola e gerar renda suficiente para que os adultos sejam provedores das famílias.