Por Andrea Bochi
Edição: Nilza Murari
Em sentença, a Justiça ratificou a responsabilidade da marca Zara quanto à utilização de trabalho escravo em sua cadeia produtiva. A empresa buscava na Justiça a anulação dos autos de infração lavrados pelos Auditores-Fiscais do Trabalho que flagraram a situação, além de evitar a inclusão na “Lista Suja” do trabalho escravo.
Segundo o desembargador do Trabalho Ricardo Trigueiros, relator do acórdão, “é impossível” aceitar a ideia de que a Zara não sabia o que estava acontecendo nas oficinas de costura, em uma espécie de “cegueira conveniente”.
Além disso, a Zara estaria se beneficiando de concorrência desleal contra outras empresas de roupa. Na sentença, o desembargador afirma que a Zara fez mais do que ignorar deliberadamente o que se passava nas oficinas contratadas por suas terceirizadas. Em uma das terceirizadas não havia sequer máquina de costura, essencial para a produção das roupas.