Por Andrea Bochi
Edição: Nilza Murari
Na tarde desta sexta-feira, 14 de agosto, foi realizada a plenária de encerramento do Seminário Nacional Virtual “O governo Bolsonaro, suas políticas e as consequências para a democracia brasileira”, promovido pelo Fonasefe, entidade que o SINAIT integra. Dirigentes das entidades participantes do evento virtual, que foi transmitido pelo YouTube, se manifestaram em defesa do Estado, do emprego e do serviço público.
O diretor do SINAIT Benvindo Soares disse que sentiu-se honrado pela oportunidade de consolidar essa parceria com todas as entidades participantes e discutir questões relevantes que envolvem os interesses dos servidores públicos das três esferas: nacional, estadual e municipal. O dirigente ressaltou ainda que é muito bom saber que hoje essas lutas podem ser feitas de uma forma conjunta com um maior alcance de resultados.
“É notória e pública a intenção de desmonte da máquina estatal, demonstrada, inicialmente, com a extinção do Ministério do Trabalho, a reforma da Previdência, a Emenda 95 e muitas outras que trouxeram enormes prejuízos pra classe trabalhadora deste país”, avaliou. Para ele, é hora de luta e união porque o pior está por vir e com efeitos muito mais nefastos para a classe de trabalhadores.
Benvindo reiterou o espírito de luta do SINAIT, em conjunto com as entidades do Fonasefe para trabalhar em prol dos servidores públicos que é o objeto alvo do atual governo.
Nas saudações, as entidades repetiram a fala de que o cenário exige luta concreta e que no momento certo será necessário ocupar as ruas. Porém, é necessário superar o principal desafio, que é a contradição de não poder ir às ruas para não causar aglomerações. Mas, ponderaram que lutar pela defesa da vida e da saúde é considerada atividade essencial.
Destacaram ainda a importância da auditoria da dívida pública pra mostrar que não há déficit em razão dos salários dos servidores. Renovação da realidade, conjugação de força, ascensão da luta, diálogo, acreditar na possibilidade de superação foram algumas das palavras de ordem nas manifestações.
Relatório final
O relatório final que consolida resultados das discussões dos grupos reunidos na manhã de quinta-feira, 13, foi lido e centrou suas ações no trabalho contra a reforma administrativa e em solidariedade às lutas da classe trabalhadora.
Ainda no mês de agosto, de acordo com o relatório, as entidades devem discutir quais as ações poderão ser feitas e o que é preciso para essa mobilização. Além disso, deverão ser criados comitês locais em reforço aos fóruns já existentes.
Na primeira quinzena de setembro serão realizadas plenárias para discutir a construção do Dia Nacional de Luta com greves e paralisações nas três esferas do funcionalismo público e de empresas estatais, em diálogo com movimentos estudantis e sociais. Um dos eixos a ser trabalhado na construção do Dia Nacional de Luta será “Sem servidores públicos não há políticas públicas de qualidade”.
Outro indicativo definido no Seminário foi a construção de Greve Sanitária em defesa da vida e contra a barbárie, por políticas sociais que atendam as necessidades dos trabalhadores e do povo pobre. Não às privatizações.
A partir de segunda-feira uma empresa de comunicação estará disponível para preparar a campanha nacional.
Ao final foram apresentadas diversas Moções, entre elas, a “Moção de repúdio pelas cem mil mortes por Covid-19 no Brasil”.