Há mais de uma década, o trabalhador brasileiro vem colecionando perdas de direitos, de salário, de saúde e de segurança nos ambientes de trabalho. Uma lamentável realidade, que a cada dia se impõe mais à classe trabalhadora e que vem se acentuando diante da pandemia de Covid-19.
O 1º de Maio motiva diferentes reflexões e atenções nesse momento marcado pela crise sanitária, social, econômica e humanitária. Trabalhadores, em serviços essenciais ou não, precisam estar atentos aos cuidados de prevenção diante dos riscos de contaminação e de morte pelo coronavírus.
Há outro grupo de profissionais, os que podem atuar de casa na modalidade de teletrabalho. Porém, esse formato também tem gerado discussões e muita polêmica em razão das diversas irregularidades que acarreta, a exemplo do aumento de jornada e da disponibilidade “full time”, entre outras.
Outro tema que emerge em datas como essa é a escassez de vagas em dias de crise e o desafio permanente da geração de novos espaços de trabalho. Ainda mais diante da retração econômica causada pela ausência de políticas públicas.
Em 2020, as mudanças nas relações trabalhistas já faziam parte das discussões do mundo do trabalho. E foram aceleradas em razão da pandemia. É inegável que muitas dessas alterações irão perdurar ainda por muito tempo.
O Dia do Trabalhador sempre foi uma data marcada por luta por direitos humanos, entre eles dignidade e trabalho sem exploração. Em 2021, adiciona-se a reflexão sobre o próprio direito à vida, negado aos muitos trabalhadores que se expõem a uma doença mortal para não morrerem de fome.
O SINAIT e a Auditoria-Fiscal do Trabalho solidarizam-se a todos os trabalhadores brasileiros, que dão contribuição fundamental à construção do País. E reafirmam seu compromisso com a vida, a dignidade, a segurança e a saúde dos trabalhadores.