OJRS: Da aprendizagem profissional à arte, um caminho de trabalho e realizações


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
17/06/2021



Por Solange Nunes


Edição: Andrea Bochi


Um dos objetivos do dia 12 de junho, data que marca o Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, é revelar ações, frentes, instituições e organizações governamentais e não governamentais, que atuam no sentido de proteção ao jovem, ao mesmo tempo em que promovem a educação e acesso seguro ao trabalho. Nesse sentido, uma das iniciativas que tem se destacado no Brasil é a OJRS, ou Orquestra Jovem do Rio Grande do Sul. A OJRS não é simplesmente uma orquestra, é também uma escola de música que atende crianças e jovens de 10 a 24 anos, de baixa renda, oriundos da rede pública de ensino de Porto Alegre e Grande Porto Alegre.


Essa iniciativa vitoriosa - tem a participação atuante - da Auditora-Fiscal do Trabalho Denise Brambila Gonzáles, da Superintendência Regional do Trabalho no Rio Grande do Sul (SRT/RS). Ao construir esta oportunidade para jovens estudarem música, com a criação da Orquestra da Aprendizagem Profissional no Rio Grande do Sul, atual Orquestra Jovem do Rio Grande do Sul, muitos jovens são resgatados de um destino incerto e preparados para o exigente mercado de trabalho da música de concerto, através de uma formação de alto nível.   


Neste ano, o projeto completa 12 anos, e já atendeu mais de mil jovens de baixa renda, com mais de 400 apresentações. Denise Gonzáles reuniu-se com várias entidades e conseguiu transformar e reorganizar o grupo até transformá-lo na Orquestra Jovem do Rio Grande do Sul.


A Auditora-Fiscal explicou que o processo de habilitação da orquestra jovem ocorreu no período do extinto Ministério do Trabalho. Após a habilitação, veio a etapa de validação do curso. “Partimos em busca das empresas que poderiam contratar os jovens aprendizes. São cotistas como o Banrisul, Comercial Zaffari e Postos Buffon, entre outros”.


De acordo com Denise Gonzáles, a Lei 10.097/2000, ampliada pelo Decreto Federal nº 9.579/2018, estabelece que empresas de grande e médio porte devem contratar de 5% a 15% de aprendizes, percentual calculados em relação ao número total de empregados. “Para as microempresas, empresas de pequeno porte e entidades sem fins lucrativos, a contratação é facultativa. A Lei de Aprendizagem, além de abrir ao jovem uma experiência profissional, proporciona às empresas que contratam aprendizes, atender a cota obrigatória”.


Música e jovem aprendiz


No caso da orquestra jovem, os interessados ingressam após passar por seleção, divulgada em edital. Os alunos acima de 14 anos são beneficiados pela Lei de Aprendizagem. Essa oportunidade começou com a implantação pela OJRS, por meio de parcerias, do primeiro curso inscrito do Ministério do Trabalho de “Músico Instrumentista Aprendizagem”.


Os jovens são divididos nos cursos para iniciantes, intermediários e avançados. Nas oficinas diárias, os alunos frequentam aulas de musicalização, de instrumentos musicais e prática de concerto. As aulas são individuais, por instrumento e também por naipes e grupos orquestrais.


No período de 2009 para cá, mais de 20 alunos foram aprovados para cursos superiores de música. A maioria cursa bacharelado em música pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).


Denise Gonzáles enfatiza que o projeto, em seus 12 anos de construção, desenvolvimento e efetivação da Orquestra da Aprendizagem Profissional no Rio Grande do Sul e atual Orquestra Jovem do Rio Grande do Sul, é uma realização conjunta e parceira. “Vários colegas, entidades parceiras e cidadãos acreditaram neste sonho e contribuíram para a transformação da vida destes jovens de baixa renda. É preciso registrar que é um sucesso de todos, na conquista de um país mais justo”.

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