Por Dâmares Vaz
Edição: Andrea Bochi
Auditores-Fiscais do Trabalho da Gerência Regional do Trabalho em Presidente Prudente (SP) participaram no dia 29 de julho de operação da Polícia Federal para investigar uma denúncia de que trabalhadores bolivianos estariam sob condições análogas às de escravos, numa oficina de costura localizada no município de Adamantina. Não houve caracterização de condições de degradância, no entanto.
Os cinco trabalhadores – duas mulheres e três homens – trabalhavam sem registro em carteira de trabalho. E a oficina de costura funcionava na casa onde moravam. Os Auditores-Fiscais do Trabalho Marcos Kazuyoshi e Silvio Iwao estão analisando o caso e ainda definindo o que será feito. Uma notificação foi emitida ao empregador para apresentação de documentos.
Um mandado de busca e apreensão foi cumprido pela PF. Além das diligências realizadas pelos Auditores-Fiscais do Trabalho, foi feita a apreensão de documentos e de celulares. A ação também contou com a participação da Delegacia Seccional de Polícia Civil de Adamantina. A Unidade de Polícia de Imigração da Polícia Federal realizou ainda a verificação da situação migratória dos moradores do local, e notificou os que estavam em situação irregular.
Eratos
A PF batizou a operação de Eratos, em memória do Auditor-Fiscal do Trabalho Eratóstenes de Almeida Gonsalves, assassinado no crime que ficou conhecido como Chacina de Unaí, ocorrido em 28 de janeiro de 2004. Os Auditores João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e o motorista Ailton Pereira de Oliveira também foram vitimados. Até hoje, mandantes e intermediários estão soltos, mesmo condenados.