O jornal Diário do Nordeste publicou nesta quarta-feira, 5 de janeiro, a reportagem “Cearenses são levados a outros estados, passam fome e sede em trabalhos análogos à escravidão”, do repórter Lucas Falconery, traçando o cenário do trabalho análogo à escravidão no estado. O texto inclui ainda entrevista com o chefe da Fiscalização do Trabalho no Ceará da Superintendência Regional do Trabalho (SRT/CE), o Auditor-Fiscal do Trabalho Daniel Arêa.
A reportagem informa que “entre 2018 e 2021, 140 pessoas de origem cearense foram resgatadas em situações degradantes em outros estados brasileiros”, número duas vezes maior do que o das liberações feitas no Ceará – no mesmo período, foram resgatadas 74 pessoas no estado. Os dados provêm de relatórios da fiscalização.
O texto destaca ainda que, em 2021, houve aumento brutal no número de resgatados, somando 32 trabalhadores, contra zero resgates em 2020, a despeito de ter havido a mesma quantidade de ações fiscais nos dois anos.
Na avaliação dos especialistas entrevistados pela reportagem – além do Auditor-Fiscal do Trabalho Daniel Arêa, foi ouvido o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho do Ceará Franzé Gomes –, a precarização de direitos trazida pela reforma trabalhista e o contexto de aumento da pobreza e do desemprego durante a pandemia da Covid-19 estão relacionados ao maior número de pessoas submetidas às situações degradantes.
Leia a íntegra da reportagem aqui.