A luta por justiça nunca vai parar. Há exatos 18 anos, a Auditoria Fiscal do Trabalho foi vítima do mais violento crime contra o Estado brasileiro do qual se tem notícia. Três Auditores-Fiscais e um motorista a serviço do Ministério Trabalho, foram brutalmente assassinados enquanto fiscalizam fazendas, que mantinham trabalhadores em condições análogas à escravidão, na cidade de Unaí, noroeste de Minas Gerais. Esse crime, que até hoje aguarda por um desfecho judicial, é relembrado no mini documentário “Uma vida de impunidade: 18 anos da chacina de Unaí”, lançado nesta sexta-feira, 28, no Sinait Play.
O enredo dá voz a quem acompanhou de perto e carrega até hoje as marcas deixadas pelo atentado, como a viúva do AFT Nelson José da Silva, Helba Soares, que ainda reside na cidade mineira. “Dezoito anos. Hoje eu não tenho muito para contar, tenho mais a perguntar: quem tem dinheiro pode matar?”, questiona, ao pontuar a clara influência do poder econômico dos mandantes Antério Mânica e Norberto Mânica na persistente impunidade.
Além de ser mais um grito por justiça, o mini documentário é um tributo àqueles que perderam suas vidas defendendo os direitos dos trabalhadores, a dignidade humana e o Estado brasileiro.
Ailton, Eratóstenes, João Batista e Nelson estão presentes neste 28 de janeiro.
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