Por Dâmares Vaz e Andrea Bochi
A valorização das chefias foi discutida em reunião realizada nesta quinta-feira, 10 de março, entre dirigentes do SINAIT, o subsecretário de Inspeção do Trabalho, Rômulo Machado, e outros integrantes da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho – SIT.
Além do presidente do SINAIT, Bob Machado, participaram da reunião os diretores Rosa Maria Campos Jorge e Francisco Luís Lima.
O presidente do SINAIT falou que a responsabilidade de assumir uma chefia não é recompensada à altura, em termos remuneratórios.
Bob destacou que esse problema vinha ocorrendo e ficou ainda mais exposto com o caso da seleção de analistas de processos da Semur/DF, cujo edital trazia artigo que exigia dos servidores aprovados na seleção que exercessem a chefia enquanto perdurasse a vacância na pasta.
“Não há incentivo do ponto de vista remuneratório. Muitos Auditores se tornam chefes muito mais por vocação, e muitos têm até prejuízos em suas vidas pessoais ao assumir uma chefia”, afirmou o dirigente.
Bob acrescentou que o SINAIT vem tratando do tema com as sucessivas administrações, há anos, sempre levando aos subsecretários essa demanda.
E colocou a entidade à disposição para elaboração de estudos e pareceres sobre o assunto, além de afirmar que o Sindicato irá continuar a cobrança, junto às instâncias superiores, por melhorias das condições das chefias.
O subsecretário de Inspeção do Trabalho reconheceu o problema e relatou algumas ações de sua gestão. Falou, por exemplo, que a valorização das chefias é um dos eixos estratégicos de seu programa de gestão, que foi elaborado ouvindo chefes e outros Auditores-Fiscais do Trabalho.
Em 2021, relatou Rômulo, foi criado um Grupo de Trabalho que estudou e mapeou as dificuldades em relação à valorização das chefias, e a questão remuneratória foi um dos pontos. Uma das sugestões do GT foi, por exemplo, a criação de uma coordenação-geral que pudesse dialogar e orientar o trabalho dos chefes das unidades regionais.
Além disso, o subsecretário afirmou que levou propostas aos superiores de reestruturação administrativa, as quais contemplavam a questão das chefias. “Mas é muito difícil que isso ocorra no último ano de governo, embora eu tenha visto uma janela de oportunidade quando da recriação e reestruturação do Ministério do Trabalho. E essas propostas não tratavam apenas do ponto remuneratório.”
Ele, porém, não soube informar se alguma dessas propostas está em andamento. “Mas temos agido nesse sentido. E pelo menos o primeiro passo tinha que ser dado.”