Com informações da Detrae
Os Auditores-Fiscais do Trabalho do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), vinculado à Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), resgataram 31 mulheres transexuais nas cidades de Uberlândia (MG) e Criciúma (SC) durante a sexta fase da Operação Libertas. A operação foi realizada em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e o Ministério Público de Minas Gerais.
Na operação, nesta sexta fase, que teve início no dia 15 de março, foram novamente inspecionados os locais de alojamento e de trabalho das profissionais do sexo, exploradas por duas organizações, que atuam em parceria nessas cidades.
As equipes de fiscalização foram acompanhadas por promotores de justiça do Gaeco/MG, pelo Ministério Público do Trabalho, pela Defensoria Pública da União e contaram, ainda, com o apoio da Polícia Militar de Minas Gerais e, em Criciúma (SC), da Polícia Federal.
De acordo com a Auditoria Fiscal do Trabalho, as trabalhadoras foram submetidas à condição análoga à escravidão nas modalidades de servidão por dívidas e de trabalho forçado.
As vítimas foram obrigadas a pagar diárias para utilizar “pontos de prostituição” e as instalações mantidas pelas empregadoras, assumindo dívidas cada vez mais crescentes.
Além disso, ainda, houve o financiamento de procedimentos estéticos, inclusive com a implantação de silicone industrial, prática criminosa e altamente perigosa, realizada em locais inapropriados e por pessoas absolutamente inabilitadas.