De acordo com os cálculos, se o governo usar os R$ 11 bi, o reajuste poderia chegar a 9% a partir de maio. De toda forma, o governo federal não formalizou nenhuma proposta e prometeu apresentar um documento oficial até esta sexta-feira, dia 17 de fevereiro
Por Dâmares Vaz, com informações da Ascom/Fonacate
Edição: Lourdes Marinho
Na primeira rodada da Mesa Nacional de Negociação Permanente, o governo recebeu o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) e o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), para conversar sobre as propostas de reajuste salarial. O presidente do SINAIT, Bob Machado, participou da reunião, ocorrida na manhã desta quinta-feira, 16 de fevereiro, no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, em Brasília. O Sindicato integra os dois fóruns.
O secretário de Gestão de Pessoas (SGP), Sérgio Mendonça, informou que o governo pretende usar toda a disponibilidade orçamentária, os R$ 11,2 bilhões, para conceder o reajuste, mas quer tirar desse valor também o aumento do auxílio alimentação – fato que as entidades informaram não concordar.
De acordo com os cálculos, se o governo usar os R$ 11,2 bi, poderia chegar a um reajuste de 9% a partir de maio. De toda forma, a proposta do governo federal não foi formalizada oficialmente. O governo prometeu apresentar um documento oficial até esta sexta-feira, dia 17 de fevereiro.
Para o presidente do Sindicato, ficou claro na reunião de hoje que as entidades devem continuar mobilizadas e unidas em torno da campanha salarial. “O SINAIT e o conjunto de servidores vão atuar incansavelmente em busca de melhores condições remuneratórias e de trabalho”, ressaltou, relembrando que o principal pleito dos servidores é o reajuste emergencial de 26,94%, na remuneração e nos benefícios. Esse índice é a perda inflacionária dos últimos anos, de acordo com cálculos das entidades.
Outras pautas
O Fonacate apresentou a pauta não salarial, como a revogação das medidas antissindicais praticadas pelos governos Temer e Bolsonaro, a publicação imediata dos acordos não salariais fechados em 2022, e a revogação do Decreto 10.620/2021, que transfere as atividades de concessão e manutenção de aposentadorias e pensões de servidores públicos ao INSS.