Auditores-Fiscais resgatam 13 trabalhadores em uma fábrica de ração para animais em Acreúna, interior de Goiás

Por Solange Nunes, com informações da SRT-GO
Edição: Andrea Bochi

Auditores-Fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego resgataram 13 pessoas durante operação de combate ao trabalho escravo, realizada entre 7 e 16 de fevereiro, numa fábrica de ração para animais na cidade de Acreúna, interior de Goiás. Na ocasião, a equipe do Ministério do Trabalho interditou a fábrica e os alojamentos em função da situação degradante dos ambientes. Na mesma operação, as equipes resgataram ainda 139 trabalhadores de situação degradante em setor sucroenergético, em Acreúna, e um caseiro, numa propriedade rural, na cidade de Quirinópolis, ambos municípios goianos.

De acordo com o Auditor-Fiscal do Trabalho Roberto Mendes, a situação constatada pela fiscalização do trabalho na fábrica de ração era degradante. “Encontramos 13 trabalhadores, dentre eles, três mulheres, laborando em condições subumanas na produção da ração”.

Roberto Mendes explicou que cinco dos trabalhadores estavam alojados em abrigos degradantes. “O ambiente não servia nem para abrigar ‘animais’. Os trabalhadores dormiam num local imundo, no chão, em pedaços de espumas velhas e em meio a muito lixo”.

O Auditor-Fiscal destacou ainda que todos os empregados estavam sem registro e não recebiam salários regularmente. “Além do problema do vínculo trabalhista e do pagamento dos salários, as condições de trabalho eram as piores possíveis, com riscos de acidentes e doenças ocupacionais”.

Mais irregularidades

Os Auditores-Fiscais constataram que a fábrica de rações animais usavam como matéria prima restos de produtos alimentícios e farelo de soja e milho. O ambiente funcionava em completa desorganização do trabalho e havia uma grande quantidade de lixo acumulado no galpão. Em razão disso, tanto os alojamentos quanto a fábrica foram interditados pelos Auditores-Fiscais do Ministério do Trabalho.

Além dos Auditores-Fiscais do Trabalho que coordenaram a operação, participaram também da ação representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU) e da Polícia Federal (PF) de Jataí.