SP - Operação flagra trabalhadores em condições precárias em fazenda de cana de açúcar


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
28/07/2023



Com informações da Gerência de Sorocaba e TEM Notícias


Cerca de 90 trabalhadores foram encontrados pelos Auditores-Fiscais do Trabalho vivendo em condições precárias, em fazendas de cana de açúcar nos municípios de Tatuí, Boituva,  Iperó e Monte Mor, em São Paulo. A operação realizada nessa quinta-feira, 27 de julho, durou cerca de 12 horas e terá prosseguimento na próxima semana.


Os Auditores-Fiscais fiscalizaram as condições de trabalho e a documentação.


Alojamentos precários, com risco de incêndio e lotados, além da falta de equipamentos de segurança foram algumas das irregularidades encontradas pelos Auditores-Fiscais. Também faziam as refeições sentados no chão, no meio do canavial, sob o sol quente e rodeados de insetos. Durante o trabalho de corte da cana, não havia banheiro disponível para as necessidades básicas dos trabalhadores.


A denúncia foi feita por dois trabalhadores que fugiram do alojamento e conseguiram, com a ajuda de uma “vaquinha”, se deslocar até a cidade e ir até a unidade do Ministério do Trabalho em Sorocaba. A partir daí, os Auditores agilizaram a operação com o apoio do Ministério Público do Trabalho - MPT e da Polícia Rodoviária Federal - PRF


Na denúncia, os trabalhadores relataram que 120 homens vindos da Paraíba e Ceará deveriam trabalhar durante 12 horas diárias no canavial e não teriam salário fixo, receberiam nove reais por tonelada de cana cortada. Porém, a pesagem não era feita na presença dos trabalhadores, que ficaram revoltados e organizaram a fuga dos dois que fariam a denúncia.


Os alojamentos fiscalizados pertenciam às usinas do mesmo grupo, mas estavam localizados em diferentes municípios da região. Em um deles, 32 homens dividiam um só banheiro.


O empregador terá que ajustar 17 itens apontados como irregulares pela Fiscalização do Trabalho e conforme o Termo de Ajustamento de Conduta – TAC firmado no local. Um dos itens, cujo prazo de adequação é de 24 horas, poderá custar ao empregador R$10 mil por trabalhador prejudicado.

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