PI: Auditores-Fiscais resgatam 31 trabalhadores, um deles adolescente, na extração de palha de carnaúba em Nazária


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
12/09/2023



Os trabalhadores são naturais de Nazária, município da microrregião de Picos, e haviam sido levados há cerca de um mês. Eles não tinham equipamentos de proteção, e dois deles sofreram ferimentos causados por foices


Com informações do g1 PI


Um grupo de 31 trabalhadores mantidos em situação análoga à de escravos foi resgatado no fim do mês de agosto em uma propriedade rural localizada na zona rural de Nazária, no Piauí Entre eles, havia um adolescente. O grupo trabalhava na extração de palha de carnaúba, mas não tinha nenhum equipamento de proteção individual (EPI).


Os trabalhadores são naturais da microrregião de Picos, e haviam sido levados há cerca de um mês. A fiscalização foi realizada pelo Auditor-Fiscal Robson Waldeck, do Ministério do Trabalho, que contou com a participação do procurador do Trabalho Edno Moura.


Os trabalhadores foram encontrados numa situação degradante: não tinham banheiros e parte deles dormindo ao relento, em redes armadas sob lonas de plástico. Outra parte vivia em uma casa que havia no local, mas não tinha espaço para todos.


Segundo o Auditor-Fiscal do Trabalho Robson Waldeck o grupo recebia apenas arroz e feijão para comer, e os preparavam em fogareiros improvisados construídos no chão.


Dois trabalhadores tinham ferimentos causados durante a extração da palha de carnaúba. "Eles tinham sofrido cortes com a foice. É um trabalho pesado, perigoso, principalmente se não houver equipamentos de proteção", comentou o Auditor-Fiscal Robson Waldeck.


Verbas rescisórias


Depois do resgate, o grupo recebeu parte das verbas rescisórias e as guias de seguro desemprego para o trabalhador resgatado. O restante das verbas rescisórias será pago por meio de Termo de Ajuste de Conduta firmado com Ministério Público do Trabalho. O empregador foi autuado ainda pelas irregularidades trabalhistas constatadas pela Inspeção do Trabalho, bem como por trabalho análogo ao de escravo e por manter o adolescente em situação de trabalho irregular. A fiscalização encaminhou o adolescente para atendimento nos serviços ofertados pelo CRAS - Centro de Referência de Assistência Social – CRAS.

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