SP: Auditores-Fiscais do Trabalho continuam a investigar explosão em metalúrgica de Cabreúva


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
18/09/2023



Por Dâmares Vaz
Edição: Andrea Bochi


Auditores-Fiscais do Trabalho dão seguimento à fiscalização da explosão devastadora que ocorreu no dia 1º de setembro nas instalações da empresa Tex Tarugos, em Cabreúva (SP). Os Auditores solicitaram vários documentos de segurança e medicina do trabalho à empresa e participaram de uma audiência com representantes da metalúrgica no dia 14 de setembro.


Quatro pessoas morreram por causa do acidente: Weverton Oliveira da Silva, de 42 anos; Fernando Nascimento dos Santos, de 25 anos; Azarias Barbosa do Nascimento, de 46 anos; e Erick Mendes de Souza, de 21 anos. De acordo com a Tex, cinco funcionários continuam internados.


O coordenador e chefe da Fiscalização da Gerência Regional do Trabalho de Sorocaba (SP), o Auditor-Fiscal do Trabalho Ubiratan Vieira, adiantou que a fiscalização identificou ter havido, previamente, uma explosão química, em que se misturaram alumínio, gás e água. 


Os Auditores-Fiscais do Trabalho também já haviam constatado irregularidades por descumprimento das Normas Regulamentadoras (NR) de Segurança e Saúde do Trabalho; registros de uso de equipamento ultrapassado e muita sujeira no local de trabalho antes da explosão, e problemas com as Cipas (Comissões Internas de Acidentes de Trabalho e Assédio), que não funcionavam de forma eficiente e não informaram as áreas perigosas que a empresa possui.  


Vieira pontuou ainda que chamou atenção o fato de o técnico e o engenheiro de segurança do trabalho da metalúrgica Tex Tarugos terem se desligado da empresa no dia anterior ao do acidente. “Nós não acreditamos nessa informação porque nenhum documento foi apresentado e, dois dias depois, os dois profissionais estavam no local da explosão. Até receberam notificação da Auditoria-Fiscal como se fossem representantes da empresa. É um assunto que terá que ser melhor explicado.” 


Um comitê do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) foi montado para investigar a falta de documentos e o funcionamento irregular da empresa, tendo em vista que, em inspeção anterior, a Tex chegou a ser notificada. A metalúrgica também não tem alvará de funcionamento, nem Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) e nem licença-ambiental da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). 


Também participaram da audiência do dia 14 os advogados da empresa e os responsáveis pela segurança no trabalho; o superintendente Regional do Trabalho, Marcus Mello e Auditores-Fiscais do Trabalho, além de uma procuradora do Ministério Público do Trabalho. A Polícia Cívil também participa do esforço conjunto.

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