SINAIT leva subsídios à relatora do PL que inclui vítimas da Chacina de Unaí entre os “heróis da pátria”

Por Solange Nunes
Edição: Andrea Bochi

O presidente do SINAIT, Bob Machado, e o diretor da entidade José Fontoura reuniram-se com a deputada Denise Pessôa (PT/RS) nesta terça-feira, 10 de outubro, no gabinete da parlamentar, em Brasília. Na pauta, a inclusão das vítimas da Chacina de Unaí entre os “heróis da pátria”. O Projeto de Lei (PL) nº 1.053/2023 é de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS) e já tramitou no Senado Federal. A matéria agora está em tramitação na Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados.

As vítimas da Chacina de Unaí são os Auditores-Fiscais do Trabalho Eratóstenes Gonsalves, João Batista Lage e Nelson José da Silva e o motorista do Ministério do Trabalho, Ailton Pereira de Oliveira. Eles foram assassinados em serviço no dia 28 de janeiro de 2004. Os servidores públicos apuravam casos de trabalho escravo em fazendas dedicadas à plantação de feijão em Unaí (MG), quando foram mortos por capangas a mando de fazendeiros.

De acordo com Bob Machado, o reconhecimento por meio da aprovação da proposta é muito importante para as famílias, para o Sindicato Nacional e para os Auditores-Ficais do Trabalho que buscam por justiça há 19 anos. “Recentemente o Supremo Tribunal Federal (STF) expediu mandados de prisão imediata para os mandantes. Antério Mânica, condenado por ser um dos mandantes do crime, entregou-se no dia 16 de setembro. Dois dias antes, um dos intermediários, José Alberto de Castro, havia sido preso. Infelizmente, ainda, há dois foragidos. Esperamos que logo sejam presos”.

Além de relatar a luta do SINAIT e da categoria por justiça, empenhou apoio à deputada Denise Pessôa subsidiando por meio de dados, informações cronológicas e relatos a fim de fortalecer o mérito para inclusão das vítimas da Chacina de Unaí entre os “heróis da pátria”.

A relatora da proposta Denise Pessôa agradeceu as informações, os dados e a cooperação técnica sobre o tema. “É uma matéria importante e deverá ser aprovada sem muita resistência, após os relatos dos fatos na Comissão de Cultura”.