Operações de fiscalização flagram casos de trabalho análogo à escravidão em propriedades certificadas pelo selo C.A.F.E. Practices
Reportagem publicada pela Repórter Brasil mostra que em investigações conduzidas por Auditores-Fiscais do Trabalho foi revelado que fazendas certificadas pelo selo C.A.F.E. Practices, fornecido pela gigante multinacional Starbucks, estão envolvidas em casos de trabalho análogo à escravidão. A certificação, que visa promover práticas sustentáveis na produção de café, mostrou-se deficiente em assegurar condições laborais dignas.
Principais Infrações Detectadas:
Humberto Camasmie, Auditor-Fiscal do Trabalho, destacou que "Sempre que identificamos colheita manual em fazendas certificadas, não notamos grandes diferenças no respeito à legislação trabalhista em relação às demais não certificadas." Isso reforça a necessidade crucial do trabalho consistente dos Auditores na investigação dessas práticas, bem como no resgate dos trabalhadores submetidos a condições de trabalho degradantes.
Em 2022, o setor de cultivo de café figurou entre os cinco com o maior volume de denúncias de exploração de trabalhadores no Brasil. Ao todo, 39 propriedades de café foram fiscalizadas, resultando no resgate de 159 trabalhadores de condições análogas à escravidão.
É importante ressaltar que os casos apresentados nesta reportagem já haviam sido noticiados pelo Sinait, como o exemplo da Fazenda Mesas. Neste caso específico, os Auditores realizaram o resgate de trabalhadores apenas um mês após a obtenção da certificação pela fazenda.
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