Fiscalização do Trabalho interdita máquinas em obras da Castello Branco e do Metrô de SP


Por: André Montanher
Edição: Andrea Bochi
11/03/2024



Auditores-Fiscais do Trabalho interditaram, no dia 29 de fevereiro, duas máquinas e dois alojamentos em uma obra da rodovia Castello Branco. Além disso, a Inspeção do Trabalho interditou um misturador de concreto, na ampliação da Linha Verde do Metrô de São Paulo. Os problemas traziam riscos iminentes aos trabalhadores. A fiscalização integrou uma ação de proteção ao trabalhador na indústria da construção civil, ocorrida em vários estados na semana do dia 26 de fevereiro.

Na rodovia, a interdição foi na construção de vias marginais entre os quilômetros 23 e 27 (trecho de Barueri). “A gestão de riscos era muito deficitária, com gruas sem plano de operação, e serra circular de bancada e dobradeira de vergalhões sem proteção. Além disso, constatamos alojamentos clandestinos (falsas repúblicas em mau estado de manutenção), presença de gás GLP e alimentação insuficiente fornecida aos empregados alojados”, apontou a Auditora-Fiscal do Trabalho Lívia Ferreira.

A equipe, formada por 9 Auditores, ainda atestou a falta de recolhimento do FGTS dos empregados. A concessão da Castello Branco naquele trecho pertence à empresa CCR Viaoeste, e a obra pode prosseguir, mas sem a utilização da grua e da serra – até regularização. O alojamento também permanece fechado.

No caso do metrô, o problema estava no misturador de concreto. “Verificamos a falta de um sistema de segurança para bloqueio de acesso às partes vivas do misturador”, informou a Auditora Lívia. Seis Auditores atuaram na fiscalização dessa obra de ampliação da linha verde do Metrô de SP.

Além disso, o PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos) da obra estava sem análise ergonômica e de conforto térmico, e a rampa do elevador não estava articulada. Assim como no caso da Castello Branco, a obra continua, mas sem a utilização dos equipamentos interditados.

No total, cerca de 60 autos de infração foram lavrados nos dois casos. “Impressiona uma grande obra pública como a do metrô apresentar falha tão gritante. Da mesma forma, no caso da Castello Branco, trata-se de rodovia sob responsabilidade de um forte grupo econômico, que certamente terá prejuízos com as interdições”, finalizou a Auditora-Fiscal do Trabalho.

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