Auditores-Fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego estiveram nesta quinta-feira, 4 de abril, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo-SP, e interditaram o setor de circulação de trabalhadores envolvidos na limpeza, movimentação de bagagens e abastecimento de aeronaves do pátio do aeroporto (pouso e decolagem). Eles constataram risco de acidentes e até de mortes no local.
“O passeio do pátio de Congonhas, objeto da interdição, é um importante eixo de trânsito de pessoas que trabalham no aeroporto. Infelizmente, as condições encontradas exigem ação firme da fiscalização”, afirmam os Auditores-Fiscais que participaram da inspeção.
Os Auditores-Fiscais apontaram falta de medidas protetivas para o deslocamento dos trabalhadores, com risco grave de atropelamento e alta probabilidade de ocorrência de morte. De acordo com a equipe, esse passeio deveria assegurar um “caminho seguro” dentro do pátio de Congonhas, que é um ambiente laboral que expõe os trabalhadores a variados riscos.
Há 8 meses, uma trabalhadora responsável pela limpeza das aeronaves foi atropelada por um caminhão de abastecimento quando transitava nesse passeio, exatamente dentro dos limites da faixa pintada no solo. Ela não suportou os ferimentos e morreu em decorrência do acidente de trabalho.
A circulação de trabalhadores pelo local somente será liberada pela fiscalização trabalhista se forem comprovadas, pela concessionária responsável pelo aeroporto (Aena), as adoções das medidas emergenciais determinadas pelos Auditores-Fiscais. Dentre elas, a instalação de proteções coletivas que reduzam o risco de atropelamentos.