Ele cumpria pena em regime aberto desde novembro de 2018. Foi preso em Estância, no Sul de Sergipe, nesta terça-feira, 28 de maio, porque contra ele havia um mandado de prisão preventiva em aberto por crime de roubo, no ano de 2020, também em Minas Gerais.
Rogério Alan Rocha Rios, 43 anos, condenado por matar três Auditores-Fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho e Emprego, durante uma fiscalização em Unaí (MG), em 2004, foi preso em Estância, no Sul de Sergipe, nesta terça-feira, 28 de maio. O caso ficou conhecido nacionalmente como 'Chacina de Unaí.
O homem foi condenado a 94 anos de prisão pela chacina e estava em regime aberto. Entretanto, contra ele também havia um mandado de prisão preventiva por crime de roubo, no ano de 2020, também em Minas Gerais.
A prisão foi realizada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), composta por agentes das polícias Federal, Civil, Militar, Penal, Rodoviária Federal e Secretaria Nacional de Políticas Penais.
O SINAIT entende que embora ele esteja em regime aberto no cumprimento da pena por ter assassinado os Auditores Fiscais do Trabalho e o Motorista, no episódio da Chacina de Unaí, está evidente que ele possui um forte potencial de causar outros sérios prejuízos à sociedade. “Ele reiteradamente demonstra o perigo que representa para a sociedade e, por isso, deve permanecer em regime fechado”, disse a diretora do SINAIT, Rosa Jorge.
Participação na chacina
Rogério Alan participou diretamente das execuções. Armado de um revólver calibre 38, deu vários tiros no Auditor-Fiscal do Trabalho Nelson José da Silva, o verdadeiro alvo dos mandantes do crime, conforme sua confissão. Encarregou-se ainda de roubar os celulares das vítimas, que depois foram atirados em um riacho. Depois do crime, fugiu para seu estado natal, a Bahia, onde responde a processos. Diz ter recebido R$ 6 mil para participar do crime. Em maio de 2011 teve seu processo desmembrado dos demais réus. Foi julgado no final de agosto de 2013 em Belo Horizonte e condenado a 94 anos de prisão pelos crimes de formação de quadrilha e pelos quatro homicídios triplamente qualificados.
Cumpre a pena em regime aberto desde em 21/11/2018 (Execução 0000657- 75.2018.8.25.0086).
Chacina de Unaí
A chacina ocorreu no dia 28 de janeiro de 2004, na zona rural de Unaí, na Região Noroeste de Minas Gerais, enquanto os servidores públicos faziam uma fiscalização. As vítimas foram: os Auditores-Fiscais do Trabalho Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares e Nelson José da Silva, além do motorista Ailton Pereira de Oliveira.
Os fazendeiros Antério e Norberto Mânica foram acusados de serem os mandantes dos assassinatos. A pena para eles chegou a mais de 50 anos de prisão por quádruplo homicídio, triplamente qualificado por motivo torpe, mediante pagamento de recompensa em dinheiro e sem possibilidade de defesa das vítimas.
Hugo Alves Pimenta, José Alberto de Castro, Rogério Alan Rocha, Erinaldo Silva e William Gomes de Miranda também foram condenados por participação nos assassinatos.
Saiba mais sobre a chacina ouvindo o podcast que conta a história em cinco episódios, ou acesse www.unai.sinait.org.br.