Durante o ato dos 21 anos da Chacina de Unaí, parceiros e autoridades vinculados ao SINAIT reforçaram a luta e resistência das instituições públicas em defesa dos servidores e do Estado brasileiro. A ideia é que casos como a Chacina que ceifou a vida de três Auditores Fiscais do Trabalho e um motorista, servidores do Ministério do Trabalho e Emprego, não voltem a acontecer. O evento ocorreu nesta terça-feira, 28 de janeiro, em frente ao Ministério do Trabalho e Emprego, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. As exposições foram mediadas pela diretora do SINAIT Rosângela Rassy.
Para a diretora da Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) Ana Luísa Dal Lago, o ato é um espaço essencial de luta e de reflexão da importância do serviço público. “O SINAIT durante anos lutou por justiça de uma forma incessante para servidores que foram mortos durante o exercício de suas funções. O estado deveria ter dado uma resposta mais rápida”.
O presidente da Confederação Ibero-americana de Inspetores do Trabalho (CIIT), Sérgio Voltolini, disse que o caso da Chacina de Unaí é conhecido mundialmente em razão da contínua atuação do SINAIT. “Há 21 anos, o Sindicato trabalha por justiça e este esforço publicizou o caso dentro e fora do país”.
A coordenadora da Fasubra Sindical, Loiva Chansis, disse que a violência cometida contra os servidores públicos e os trabalhadores precisa ser combatida em várias instâncias. Na ocasião, lembrou das 242 pessoas mortas na Boate Kiss em Santa Maria (RS) que completou 12 anos, sem que os culpados fossem presos. “Somos servidores e temos o dever de, enquanto classe, ser a voz da classe trabalhadora marginalizada”.
O presidente do Instituto Mosap, Edison Haubert, declarou a importância do ato, da luta do SINAIT por justiça. “É a resistência que honra o serviço público. Não podemos deixar de lutar por todos os nossos direitos. A justiça tarda, mas não falha”.
A concursada ao cargo de Auditor Fiscal do Trabalho Ana Beatriz Viana disse admirar a carreira e espera fazer parte no futuro do quadro da Inspeção do Trabalho. Declarou que, como sociedade, agradece a todos os Auditores Fiscais pelos altos índices de resgates. No entanto, destaca quantos ainda estão invisibilizados, quantos resgates ainda precisam ser feitos. “Eu, enquanto candidata, posso esperar mais dez anos, mas o trabalhador escravizado não pode esperar, o trabalho infantil não pode esperar, por isso, estamos aqui com o apoio do SINAIT, esperamos ansiosos um dia estarmos juntos com vocês”.