Universidade do Piauí debate trabalho escravo


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
30/06/2009



O vice-presidente do SINAIT e presidente da Confederação Ibero-Americana dos Inspetores do Trabalho, Francisco Luís Lima, foi um dos palestrantes do “Seminário Trabalho Escravo e Mídia” promovido por alunos do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Piauí, sob a coordenação da professora Maria de Lourdes Nunes.  A discussão abordou  a relação entre a prática do trabalho escravo e a sua veiculação na mídia.


O evento foi realizado no último dia 23 deste mês, no auditório do Centro de Ciências da Educação (CCE), da Universidade Federal do Piauí (UFPI), e contou com a participação da superintendente da SRTE/PI, Paula Maria Masullo, além da presidente da Comissão Pastoral da Terra do Piauí, Joana Lúcia e do assessor de comunicação da Superintendência Regional do Trabalho, o jornalista Cláudio Barros. Na platéia, alunos e professores do curso de Comunicação assistiram ao debate.

“O trabalho escravo é bem mais comum do que se imagina”, disse Luís Lima, logo na abertura do debate. Em sua intervenção, Francisco Luís, fez um breve relato sobre o trabalho escravo no Brasil e a atuação dos AFTs e exibiu o vídeo da Campanha institucional do SINAIT  “Frente de Trabalho”, que mostra a realidade enfrentada por milhares de trabalhadores com o descumprimento da legislação trabalhista.


O AFT finalizou sua palestra lendo texto divulgado no site do Sindicato Nacional, em que a entidade se solidariza com as entidades representativas dos jornalistas, em repúdio à decisão do STF, que declarou inconstitucional a exigência de diploma de nível superior para o exercício da profissão de jornalista.

Para a professora Maria de Lourdes, a realização desse debate é de extrema importância para a formação de profissionais da comunicação. Segundo ela, é preciso que os comunicadores sociais estejam atentos para uma cobertura mais bem estruturada e completa, sobre a prática do trabalho escravo e seus desdobramentos.

“A realização desse debate é importante, pois o curso de Comunicação Social e os profissionais desse curso trabalham com as diversas questões sociais, as quais se tornam pautas para o trabalho cotidiano de jornalistas. No entanto, percebemos que existe um vazio muito grande, uma falta de embasamento, no que diz respeito à produção jornalística sobre o trabalho escravo. É preciso abordar melhor o assunto, de maneira mais completa”, enfatizou a professora.

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