Artigo fala da importância do Fórum Social Mundial


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
23/01/2009



23-1-2009 – SINAIT


 


Artigo de Frei Betto, religioso e escritor, publicado hoje em vários jornais do país, fala da importância do Fórum Social Mundial, que acontece desde o ano 2001 e que pretende ser um espaço de debate aos movimentos da sociedade civil contrários ao neoliberalismo e qualquer forma de imperialismo.


O SINAIT participa do FSM este ano, em Belém (PA), de 27 de janeiro a 1º de fevereiro. A Associação dos AFTs do Pará – ASSINTRA está articulando a participação do maior número possível de AFTs e participando das reuniões que definem os preparativos finais para a oficina sobre trabalho escravo no dia 29 de janeiro, para a exibição do filme “Frente de Trabalho” na noite do dia 28, para a exposição fotográfica “Escravos” e para o Culto Ecumênico em memória dos colegas assassinados em Unaí, também no dia 28, às 16:30. Os Auditores Fiscais do Trabalho participarão também de atividades realizadas por outras entidades durante o FSM 2009.


O FSM, nas edições anteriores, não recebeu o destaque merecido no noticiário nacional, apesar da presença de milhares de jornalistas de várias partes do mundo. A imprensa alternativa, especialmente ligada a entidades sindicais e organizações da sociedade civil, são os principais canais de notícia para divulgar as centenas de atividades paralelas que acontecem no evento. São esperadas cerca de 120 mil pessoas nesta nona edição.


 


Leia a íntegra do artigo de frei Betto na área de ARTIGOS da CENTRAL DE MÍDIA.


 


 


22-1-2009 – Estado de Minas


Artigo - Fórum Social Mundial 2009


"Reza a Carta de princípios do FSM que se trata de evento destinado aos movimentos da sociedade civil contrários ao neoliberalismo e a qualquer forma de imperialismo"


Frei Betto


 


Belém, Pará, abrigará, de 27 de janeiro a 1º de fevereiro, a nova edição do Fórum Social Mundial (FSM). São esperados cerca de 120 mil participantes. Três grandes temas deverão dominar os debates: a preservação ambiental, sobretudo por ter como cenário a Amazônia, onde o desmatamento e a emissão de gás carbônico têm crescido; a crise do capitalismo globalizado; a guerra no Oriente Médio.
Entidades participantes convidaram os presidentes do Brasil, da Venezuela, do Equador, da Bolívia e do Paraguai. Se comparecerem, será em caráter pessoal.


Reza a Carta de princípios do FSM que se trata de um evento destinado aos movimentos da sociedade civil contrários ao neoliberalismo e a qualquer forma de imperialismo e comprometidos com a construção de uma sociedade planetária orientada a uma relação de sustentabilidade entre os seres humanos e a Terra.
Ao almejarem “o outro mundo possível”, os participantes se empenham em conquistar uma globalização solidária, que respeite os direitos humanos universais e o meio ambiente, apoiada em sistemas e instituições democráticas a serviço da justiça social, da igualdade e da soberania dos povos.
Tribuna livre e apartidária, não-governamental nem confessional, o FSM não tem caráter deliberativo. Embora funcione como instância articuladora, não nutre a pretensão de ser um espaço de representatividade da sociedade civil mundial. Nele há plena diversidade de gêneros, etnias, culturas e gerações.
Espera-se que, do debate democrático no FSM, surjam propostas para resolver os problemas de exclusão e desigualdade social que o processo de globalização capitalista, com suas dimensões racistas, sexistas e destruidoras da natureza, impõe à maioria da humanidade.
As três primeiras edições do FSM – realizadas em Porto Alegre, em 2001, 2002 e 2003 – foram organizadas por um comitê integrado por oito entidades brasileiras: Abong, Attac, Comissão Brasileira de Justiça e Paz, Cives, CUT, Ibase, MST e Rede Social de Justiça e Direitos Humanos.
A quarta edição ocorreu em Mumbai (Índia), em janeiro de 2004. A quinta retornou à capital gaúcha, em janeiro de 2005, e funcionou à base de oito grupos de trabalho: Espaços, Economia popular solidária, Meio ambiente e sustentabilidade, Cultura, Tradução, Comunicação, Mobilização e Software livre.
O 6º FSM ocorreu, de forma descentralizada, em três cidades: Bamako (Mali, África), em janeiro de 2006; Caracas (Venezuela, América), também em janeiro do mesmo ano, e Karachi (Paquistão, Ásia), em março de 2006. A sétima edição do FSM teve como palco Nairóbi, no Quênia, em janeiro de 2007.
Os interessados em participar, a distância, do fórum de Belém, devem acessar: http://openfsm.net/projects/fsm2009interconexoes. Para quem pretende ir a Belém: http://www.fsm2009amazonia.org.br/como-participar.
No evento, o filósofo e cientista político Michael Löwy e eu abordaremos o tema Ecossocialismo: espiritualidade e sustentabilidade, além de participarmos de outras atividades.

Frei Betto é escritor, autor de Calendário do Poder (Rocco), entre outros livros.

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