Em entrevista, Ministro do Planejamento defende aumento de servidores


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
28/07/2009



28-7-2009 – SINAIT


 


O jornal O Estado de São Paulo publicou na edição deste domingo, 26, entrevista com o Ministro Paulo Bernardo, do Planejamento, Orçamento e Gestão. O assunto predominante, ressaltado já no título da matéria, é a eleição presidencial de 2010. Mas outros assuntos foram abordados, entre eles os gastos com o funcionalismo federal.


 


Paulo Bernardo defendeu a contratação de mais servidores via concurso público e o aumento dos servidores que, segundo ele, vêm apenas recuperar uma capacidade de mão-de-obra perdida em décadas passadas. Sem isso, ele acredita que não seria possível, por exemplo, tocar o Plano de Aceleração do Crescimento – PAC, composto de inúmeras obras em todo o País e que precisa de projetos e gestão eficiente.


 


O SINAIT destaca, abaixo, trechos da entrevista que falam dos servidores públicos.


 


 


26-7-2009 – O Estado de São Paulo


''A Dilma, a Dilminha, vai continuar a política do Lula''


Ministro diz que oposição está sem discurso e críticas à gastança do governo federal não surtem efeito nenhum


Adriana Fernandes e Lu Aiko Otta


 


As eleições são somente no ano que vem, mas o debate já está nas ruas. Em entrevista ao Estado, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, deu o tom do discurso do governo na campanha eleitoral. "A Dilminha vai continuar a política de Lula", afirmou o ministro, referindo-se à virtual candidata governista, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.



Bernardo integra um grupo próximo a ela, chamado "os meigos de Dilma". Profundo conhecedor do Programa de Aceleração d o Crescimento (PAC), é cotado para substituir a ministra, caso ela deixe o governo para concorrer.



Para ele, a oposição está sem discurso e as recorrentes críticas à gastança do governo, na visão do ministro, não surtem efeito algum. "O Lulinha, aonde vai, dizem que ele está certo. Aqui dentro e lá fora." Sobre o provável candidato da oposição, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), o ministro diz que ele "joga para a galera" quando critica a política de juros e câmbio.

O presidente Lula vai deixar uma herança maldita ao sucessor?
Acho que a herança que vamos deixar para o próximo governo é uma economia crescendo, com inflação controlada, com investimentos, tanto internos como externos, crescendo muito. Podemos pensar que vai ter uma disparada do investimento nos próximos meses.

E os reajustes dos servidores, que terão impacto em 2011 e 2012?
O impacto mais forte é em 2010. E são gastos permanentes. Quando fomos lançar o PAC, esbarramos no seguinte problema: não tinha projeto. Não só o governo federal, como os Estados e municípios. Não tinha gente para fazer. O que fizemos foi recompor a capacidade de gestão do Estado. Todas essas mudanças não aumentaram a folha de pagamento como proporção do PIB (Produto Interno Bruto). Estamos dando uma condição melhor para o servidor, mas não estamos fazendo maluquice.

Por que essa avaliação não convence economistas e entidades como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, que criticou a política fiscal?
Acho que as pessoas estão tentando medir a realida de hoje com a mesma régua que eles mediam antes da crise. O foco das políticas tem de ser outro. Estamos investindo em educação, assistência social, geração de empregos. Se não estivéssemos fazendo isso, o desemprego teria aumentado muito mais e teríamos um gasto muito maior com seguro-desemprego, talvez com cesta básica. É a última coisa que gostaríamos de fazer: acudir depois de acontecido o problema.

Estamos falando em uma estrutura de gastos que cresce por si só, na bonança ou na crise, porque tem várias despesas indexadas. Isso não é ruim?
Então vamos falar da rigidez orçamentária. Isso não foi inventado por nós.


Mas está sendo agravado, por exemplo, com a ideia de c riar um critério de reajuste do Bolsa-Família. Não é mais uma armadilha?

Não estamos agravando, não. O reajuste do Bolsa-Família não vai fazer vinculação com nada, vai dar só um reajuste.


Não terá uma regra permanente?
Não. Acho que deveria ter, mas não está decidido. O que o presidente está dizendo é o seguinte: se os servidores têm reajuste, o salário mínimo tem reajuste, por que o Bolsa-Família não tem assegurado algum tipo de reajuste?

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