11 Nov

Sociedade Brasileira de Infectologia alerta para aumento de casos de covid-19 e medidas necessárias ao enfrentamento

Publicada em: 11/11/2022

Por Dâmares Vaz, com informações da SBI.

Edição: Andrea Bochi

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), por meio de seu Comitê Científico de Covid-19 e Infecções Respiratórias (CCCIR), alerta para o aumento significativo do número de casos de covid-19 no Brasil nas últimas semanas, decorrente da circulação da subvariante Ômicron BQ.1 e outras variantes.

Pelo menos em quatro estados da Federação – Amazonas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo –, verifica-se com preocupação uma tendência de curva em aceleração de casos novos de infecção pelo SARS-COV-2, em comparação com o mês anterior, registra a SBI.

Nesse momento, para reduzir o risco de um cenário futuro de aumento de hospitalização e óbito por covid-19, são indispensáveis algumas medidas urgentes, afirma a entidade, apontando como necessário o incremento das taxas de vacinação contra a covid-19, que se encontram todas em níveis ainda insatisfatórios nos públicos-alvo, principalmente em relação às diferentes doses de reforço de primeira geração, a depender da população elegível.

A SBI também afirma ser fundamental garantir a aquisição de doses suficientes de vacina para imunizar todas as crianças de 6 meses a 5 anos, independentemente da presença de comorbidades, além de promover rapidamente a aprovação e acesso às vacinas contra a covid-19 bivalentes de segunda geração, que estão atualmente em análise pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Para a entidade, é hora de retomar a adoção de medidas de prevenção não farmacológicas, como uso de máscaras e distanciamento social, evitando situações de aglomeração, principalmente pela população mais vulnerável, como idosos e imunossuprimidos.

“É essencial ainda que medicações aprovadas pela Anvisa para o tratamento e prevenção da covid-19 estejam disponíveis para uso no setor público e privado, medida que ainda não se concretizou após mais de seis meses da licença para esses fármacos no Brasil”, observa a SBI.

Todas essas orientações constam de nota técnica da ABI, divulgada nesta sexta-feira, 11 de novembro. No documento, o CCCIR e a SBI solicitam também ao Ministério da Saúde, à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e à Anvisa atenção especial para as medidas listadas, para otimizar as tecnologias de prevenção e tratamento existentes.